Você sabe por que as antas são chamadas de “jardineiras das Florestas”?

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Maior mamífero terrestre da América do Sul, a anta vive em diversos biomas brasileiros: Cerrado, Mata Atlântica, Amazônia e Pantanal.

JARDINEIRA DAS FLORESTAS

“Ela come oito, nove quilos de alimento por dia. Muito disso é fruto. Quando ela engole os frutos, engole a semente e aí ela defeca. Só que o bicho anda enormes distâncias. Então ela é uma super dispersora de sementes e a gente costuma chamá-la de a jardineira da floresta”, explica a engenheira florestal Patrícia Médice, do Instituto de Pesquisas Ecológicas. (@institutoipe)         

De acordo com a Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira (INCAB), uma floresta sem antas é uma floresta que corre grande perigo de extinção.

ANIMAL DE GRANDE INTELIGÊNCIA

Estudos mostram grande concentração de neurônios nas antas (Foto: Daniel de Granville)

Ao contrário do senso comum que costuma associar as antas à falta de inteligência, estudos mostraram que a anta tem uma concentração de neurônios gigantesca e que é um animal extremamente inteligente.

“Já foi feita uma comparação com elefante. Sabe aquela história do ditado, memória de elefante? Foi feito com elefante e o resultado foi o mesmo: enorme concentração de neurônios, ou seja, um bicho que é extremamente inteligente, tem uma super memória, lembra de tudo. A anta é a mesma coisa”, diz Patrícia.

PERIGOS DE EXTINÇÃO

A anta é um animal solitário que precisa de grandes áreas para viver. Por isso, a degradação do meio ambiente impacta muito sua preservação. Ela tem um ciclo reprodutivo muito longo, com uma gestação de 14 meses em que nasce um único filhote que pode sobreviver ou não. Eventos como caça, atropelamentos e predadores também são muito nocivos.

Desmatamento, caça, atropelamentos e agrotóxicos estão entre as ameaças para a espécie (Foto: Daniel de Granville)

Estudos recentes mostraram os efeitos dos agrotóxicos utilizados na agropecuária no Cerrado na saúde das antas. Até mesmo anomalias físicas foram encontradas em animais estudados. Efeitos negativos dos agrotóxicos nos animais alertam também para a saúde humana.

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As imagens desta postagem foram feitas por Daniel de Granville (@danieldegranville)biólogo e fotógrafo de natureza, parceiro da Ambiental.

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Fontes deste texto: Ciclo Vivo Globo Rural 

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