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Continuando nossa Série Animais Brasileiros, neste artigo discorreremos sobre o Tatu-bola e sobre o Veado Campeiro. Este último inspirou o nome a um dos destinos mais bonitos do Centro-Oeste brasileiro.
Tatu-bola
Pequeno, exótico e tímido, mas simpático. Foi dessa forma que o tatu-bola, uma espécie de mamífero encontrada na Caatinga e no Cerrado, apareceu para os brasileiros – e para o resto do planeta -, em 2014, quando tornou-se Fuleco, o mascote da Copa do Mundo realizada no Brasil. A escolha foi fundamental para tornar o animal mais conhecido da população, já que o bichinho encontra-se na lista das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, do Ministério do Meio Ambiente.
Conhecido também como tatu-apara, bola, bolinha, tranquinha ou tabu-bola-do-nordeste, o animal é a menor e menos conhecida espécie de tatu no país, porém a única endêmica. E pode ser encontrado em 12 estados brasileiros: Bahia, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Piauí, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Pernambuco e Rio Grande do Norte, embora em muitos já comecem a se extinguir.
O tatu-bola mede aproximadamente 50 cm, não mais, e pesa cerca de 1,2 kg, sendo sua principal característica a capacidade de se fechar como uma bola – daí o nome popular que recebeu -, quando se sente ameaçado, criando assim uma carapaça dura.
Essa capacidade auxilia a proteger os pontos moles do corpo contra possíveis ataques de predadores. Ele se alimenta de cupins, formigas, pequenos invertebrados e frutos. Consome também areia, cascas e raízes junto ao alimento. A espécie vive em torno de 13 e 15 anos em seu habitat natural: a caatinga e o cerrado.
Veado Campeiro
A Chapada dos Veadeiros é um dos destinos de cerrado mais apreciados pelos turistas brasileiros. É onde está o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros que foi criado em 1961, a cerca de 250 km ao norte de Brasília e 470 km ao nordeste de Goiânia.
No parque estão protegidas centenas de nascentes e cursos d’água. São diversas cachoeiras, rios – onde é possível tomar banho –, águas termais e trilhas, incluindo rotas usadas por antigos garimpeiros. Um cenário perfeito para quem gosta de aventura sem deixar o conforto de lado. Lá, a beleza natural é deslumbrante: em 2001, a Chapada dos Veadeiros foi declarada Patrimônio Natural da Humanidades pela Unesco.
Como dissemos anteriormente, este lugar tem o nome inspirado pelo veado campeiro, pois era nesta região que moravam caçadores de veados, chamados de Veadeiros, a muitos anos atrás.
O Veado Campeiro é uma espécie em extinção, encontrada nas regiões de cerrado no Brasil e também Bolívia, Argentina, Uruguai e Paraguai. É um animal diurno, porém, com os anos de intensa caça, para se protegerem, passaram a se esconder e sair às matas mais à noite.
Sua conservação depende de espaços e parques de preservação privadas ou públicas. Estes animais vivem em pequenos grupos de no máximo seis indivíduos, e quando adultos pesam entre 30 e 40 kg, com altura média de 0,7 a 0,75 metros. São exímios velocistas, podendo atingir 70 km/h, mesmo pulando obstáculos.
As fêmeas dessa espécie, geralmente, têm filhotes por um ciclo, nascendo entre os meses de agosto e setembro. Seus filhotes nascem com pelos pintados mas perdem as manchas conforme crescem, até seus quatro meses de vida.
Já os machos têm uma característica marcante determinada pelo ciclo do crescer de seus chifres. Tais chifres são ramificados e caem todo ano, normalmente no mês de maio, nascendo outro em seu lugar, ou seja, são trocados. Isso ocorre devido ao nível do hormônio testosterona que, quando baixo, o chifre cai.
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