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Esguio, belo e imponente, mas solitário. Assim é o lobo-guará, espécie endêmica da América do Sul, que vive no Cerrado brasileiro, especialmente nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e outros.
Há quem o chame de lobo-de-crina, lobo-vermelho, aguará, aguaraçu e jaguaperi com um belo pelo laranja-avermelhado. Seu porte é exuberante, e apesar do tamanho e do seu parentesco com lobos selvagens e cachorros domésticos, o lobo-guará é praticamente inofensivo. Ele só ataca quando ameaçado. Ainda assim, esse comportamento é muito raro.
É um animal que possui orelhas grandes e pontudas, com focinho e pernas com pelos na cor preta. Quando atingem a idade adulta podem pesar cerca de 23 kg, medindo entre 1,2 e 1,3 metros.
Apesar de canídeo, come frutas como banana e goiaba, especialmente a “fruta do lobo”, também conhecida como Lobeira ou “Juá Bravo”, uma fruta que tem propriedades vermífugas e que é essencial para sua sobrevivência.
Existe uma simbiose entre a Lobeira, o lobo-guará e o Cerrado. O fruto protege o lobo-guará de um verme que atinge os rins e é fatal para este animal. Em troca, a evacuação do fruto promove a dispersão das sementes. Por isso as tentativas de criar o lobo-guará em cativeiro não foram bem sucedidas.
O lobo-guará está ameaçado de extinção principalmente por causa da destruição do Cerrado e sua sobrevivência depende da preservação do seu ambiente.
Também é onívoro e se alimenta de ovos de aves e lagartos, ou de outras espécies de animais roedores e moluscos terrestres.
De hábitos noturnos, o lobo-guará demarca seu território, acasala geralmente entre os meses de abril e maio e a gestação dura entre 62 e 65 dias, nascendo de 1 a 3 filhotes. Os filhotes permanecem protegidos pelos pais, escondidos em buracos na mata por 3 meses, sendo alimentados pelos pais que regurgitam o alimento caçado.
Aprendem a fazer pequenas caçadas lá pelo sexto mês de vida junto à mãe, e quando adultos, precisam lutar pelo território. Aqueles que perdem a batalha, são expulsos do grupo, indo viver em outros territórios.
Lobos-guarás em Caraguatatuba – Foram vistos na região de Caraguatatuba, litoral de São Paulo, em busca de um novo lugar para viverem. A luta por sobrevivência os faz migrar para outras áreas através de corredores ecológicos (faixas de vegetação que ligam fragmentos de florestas ou unidades de conservação em meio a estradas, agricultura ou cidades).
Pesquisadores dizem que o aparecimento desse animal no litoral pode ser em decorrência de desmatamentos recorrentes nas regiões de Cerrado, levando os lobos a descerem a Serra do Mar até o litoral paulista.
A Hora do Lobo no Santuário do Caraça – A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) dos religiosos da Congregação tem um antigo seminário que virou a Pousada do Caraça e agora recebe turistas.
“A Hora do Lobo “ é um ritual que iniciou quando os padres começaram a alimentar os lobos deixando alimentos no final da tarde. Hoje tornou-se atração da pousada e a partir das 19 horas, os turistas podem ver os lobos transitando no entorno e escadarias da igreja. E quando os lobos veem, os turistas recebem uma aula sobre o animal e também sobre preservação do meio ambiente.
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