Conheça 5 destinos para amantes das artes e das viagens

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Para o romancista Oscar Wide, “O segredo da vida está na arte”. Para o pintor Pablo Picasso, “A arte é a mentira que nos permite conhecer a verdade”. Para o poeta Fernando Pessoa, “Só a arte é útil. Crenças, exércitos, impérios, atitudes – tudo isso passa. Só a arte fica…”. Para o escritor russo Ivan Turgueniev, “A arte de um povo é a sua alma viva, o seu pensamento, a sua língua no significado mais alto da palavra…”. Para Leonardo da Vinci, “A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível”. Já o dramaturgo Tchekhov é mais prático: “As obras de arte dividem-se em duas categorias: as de que gosto e as de que não gosto”.

Se você acha que arte e viagens combinam, você vai gostar dos 5 destinos que separamos para quem ama artes e viagens!

São Petersburgo – a cidade onde a arte é onipresente

 Palácio de Inverno-Hermitage

Fundada em 1703 pelo Czar Pedro, o Grande, São Petersburgo foi construída para ser uma capital moderna e refinada, tanto quanto as outras grandes capitais europeias de sua época. Desta forma, a cidade simbolizaria um marco da entrada da Rússia na modernidade, uma superação de seu passado feudal.

O resultado desta tática do Czar Pedro foi a construção de uma cidade que é praticamente uma obra de arte a céu aberto. A arquitetura das construções, seus projeto urbanístico, às margens do Rio Neva, seus monumentos e palácios fazem os visitantes se sentirem, praticamente, dentro de uma obra de arte.

A cidade foi capital da Rússia, no período dos Czares, perdeu esse posto durante o período soviético e enfrentou uma das batalhas mais sangrentas da segunda Guerra Mundial contra o exército nazista. Mesmo assim, não perdeu seu refinamento, sua vocação para a arte, seu cosmopolitismo.

O maior ícone artístico da cidade é o Museu Hermitage, um dos maiores do mundo, com mais de três milhões de itens, em seus 10 prédios. Entre as inúmeras riquezas de seu acervo, o museu contém obras dos maiores nomes da História da Arte Europeia, como Matisse, dezenas de grandes obras de Picasso e Gauguin, Rodin, Cézanne, Van Gogh, Kandinsky, Monet ou Renoir.

Um de seus prédios é o Palácio de Inverno, antiga residência dos czares, que ostenta um luxo e um apuro artístico impressionantes, com todo o ornamento que seu estilo rococó exige e um pouco mais. O mesmo vale para o Palácio de Verão.

Catedral de Pedro e Paulo

A cidade ainda abriga o tradicional Balé Mariinsky, um dos maiores ícones mundiais desta arte. Na Fortaleza de Pedro e Paulo ficam a Casa da Moeda e a Catedral de Pedro e Paulo, uma igreja que foge do estilo arquitetônico habitual russo. Sua torre pontiaguda tem 122 metros e seu interior com deslumbrantes adornos é onde ficam os túmulos de alguns Czares russos incluindo o de Pedro, o Grande.

De quebra, a cidade ainda é cenário onde vive boa parte dos personagens de alguns dos principais livros do escritor Fiodor Dostoiévski: Crime e Castigo (1866), O Idiota (1869), Os Demônios (1872), O Adolescente (1875) e Os Irmãos Karamázov (1880) e é onde acontecem as chamada Noites Brancas – dias extremamente longos que acontecem durante determinados momentos do verão – que também deram nome a um livro do escritor (1848). O autor viveu ali boa parte de sua vida, até morrer em 1881, morou em mais de 20 endereços diferentes.

Neruda e seu paraíso, no Chile

Às margens do Oceano Pacífico e distante 124 quilômetros de Santiago está Valparaíso, carinhosamente apelidada de “Valpo” pelos chilenos. Declarada Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco, é também chamada “cidade arco-íris”, com suas casas multicoloridas. Uma de suas principais atrações é a “Casa Sebastiana” do poeta chileno, Pablo Neruda.

O nome é em homenagem a Sebástian Collado, que deu início à construção, mas morreu antes do término, em 1949. Neruda finalizou a construção e, na festa de inauguração, em setembro de 1961, declamou o poema “La Sebastiana”, publicado no livro Plenos Poderes.

 Casa Sebastiana

É possível ver uma cópia escrita de próprio punho por ele no acervo da casa, que é considerado um dos melhores museus de Valparaíso. Ao todo, são cinco andares, com uma vista de tirar o fôlego e que era seu refúgio principalmente nas comemorações de Ano Novo, quando podia avistar os fogos de artifício.

Além de “La Sebastiana”, no país há outras duas casas que foram transformadas em museus após sua morte. Uma delas fica na capital, a “La Chascona”, que começou a ser construída em 1953 para sua então amante, Matilde Urrutia, cujo apelido era la chascona por conta de seus cabelos ruivos; e a “Isla Negra”, na cidade de Quisco, distante 110 quilômetros de Santiago. É nesta que se encontra a maior parte da coleção do poeta, além de seu túmulo.

Outras atrações que valem a pena são a arte de rua, no “Museo a Cielo Abierto” localizado no bairro de São Miguel. Esta arte começou como forma de protesto durante o governo do ditador Pinochet. Outro local famoso por seus grandes murais é a Rua Templeman, no bairro de Cerro Alegre.

Minas Gerais: história que se mistura à arte

Ouro Preto, a antiga Villa Rica, Belo Horizonte e o Instituto Inhotim, em Brumadinho são as atrações principais para quem ama as artes.

  • Belo Horizonte

Encravada nas montanhas da Serra do Curral, “Beagá” é uma perfeita mistura da modernidade dos grandes centros com ares de interior. Ali está um acervo a céu aberto do mais famoso arquiteto brasileiro, Oscar Niemeyer. São obras idealizadas a pedido do então prefeito, Juscelino Kubitschek, como o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, que tem paisagismo de Burle Marx.

Ali, há o antigo Cassino, que hoje é o Museu de Arte Moderna; o Iate Clube e a Igreja de São Francisco de Assis. Esta, por sua vez, se destaca por suas curvas que lembram as montanhas de Minas, totalmente recobertas por azulejos brancos e azuis pintados por Cândido Portinari.

Em seu interior também há 14 painéis que retratam a Via Sacra, também de Portinari. Outras atrações que valem a visita na cidade são a Praça da Liberdade, com seus jardins inspirados no francês Palácio de Versalhes. Ao redor estão o Palácio da Liberdade, um dos cartões postais da cidade e o moderno Edifício Niemeyer.

  • Ouro Preto

Com suas ladeiras muito íngremes e calçamento em pedra, a antiga Vila Rica foi reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Unesco. Durante o ciclo do ouro do Brasil colonial, a cidade era o mais importante centro econômico e político do país. Esta riqueza pode ser vista até os dias atuais, na produção artística no melhor estilo Barroco Mineiro, na opulência de suas inúmeras igrejas, cada uma mais ornamentada que a outra, com santos entalhes de Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho e pinturas em afresco de Manoel da Costa Ataíde, o Mestre Ataíde.

Não deixe de visitar o Museu da Inconfidência, localizado na Praça Tiradentes, o Museu do Oratório, a Igreja de Nossa Senhora do Pilar – uma das mais ricamente ornamentadas do Brasil – e seu Museu de Arte Sacra. Perca-se nas inúmeras lojinhas de pedras semipreciosas extraídas na região e na tradicional feirinha de pedra sabão, localizada na praça próxima à Igreja de São Francisco de Assis. A cidade também possui um calendário com inúmeros festivais, como o de Inverno e o de Cinema, além de seu tradicional carnaval.

  • Inhotim

Destino ideal para os amantes da Arte Contemporânea. Localizado na cidade de Brumadinho, distante 60 quilômetro de Belo Horizonte, o Instituto Inhotim é considerado o maior museu a céu aberto do mundo. Inaugurado em 2004 para abrigar a coleção do empresário dos setores de mineração e mineralogia, Bernardo Paz, o misto de museu com parque ocupa uma área de 786 mil hectares, sendo 145 mil dedicados à preservação de fragmentos de Mata Atlântica e Cerrado. Dividido em mais de 20 galerias, o museu pode ser visitado seguindo três rotas diferentes. Entre elas há muitos jardins com obras de arte a céu aberto e alguns lagos. Seu acervo atual conta com cerca de 450 obras de artistas brasileiros e estrangeiros, como Cândido Portinari, Guignard, Di Cavalcanti, Cildo Meireles, Tunga, Vik Muniz, Hélio Oiticica, Ernesto Neto, Matthew Barney, Doug Aitken, Chris Burden, Yayoi Kusama, Paul McCarthy, Zhang Huan, Valeska Soares, Marcellvs e Rivane Neuenschwander.

São Paulo: museus e muito mais

São Paulo é uma das mais importantes cidades do mundo, que convida ao turismo até seus próprios moradores. São restaurantes das mais variadas culinárias, cinemas – do alternativo ao blockbuster –, teatros, parques e tantos museus que fica difícil listar todos. Por isso, escolhemos alguns:

● Museu de Arte Contemporânea – MAC: Projetado por Oscar Niemeyer, o Museu de Arte Contemporânea da USP está localizado dentro do Parque Ibirapuera e recebe diferentes eventos e exposições. Aproveitar o dia para visitar o parque é uma ótima pedida.

● Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP: 

Projetado pela italiana Lina Bo Bardi, é um dos símbolos da capital paulista. Seu vão livre de 70 metros, um dos maiores do mundo, abriga feiras e eventos. Seu acervo é considerado um dos mais importantes do hemisfério sul e conta com nomes como Renoir, Rembrant, Botticelli, Velázquez, Ticiano, Degas e Manet em exposições permanentes. Também recebe exposições itinerantes.

● Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia – MuBE: Assim como Inhotim, também possui uma grande parte do museu a céu aberto, com exposições permanentes de diversas esculturas.

● Museu da Imagem e do Som – MIS: Seu acervo conta com mais de 200 mil itens entre fotografias, filmes, vídeos, cartazes, peças gráficas e outros. É um espaço de difusão do audiovisual, além de cursos ligados à história da arte, cinema, áudio, vídeo e novas mídias.

● Memorial da América Latina: Este projeto de Oscar Niemeyer possui um acervo permanente de obras de arte, além de um centro de documentação de arte popular latino-americana. Ao longo do ano, recebe exposições, palestras, debates, sessões de vídeo, espetáculos de teatro, música e dança.

O circuito das artes de Bogotá

Em um circuito de mais ou menos cinco quarteirões que abrange parte do centro histórico é do bairro de La Candelária, em Bogotá, estão os principais museus da cidade que fazem parte do complexo do Banco da República da Colômbia: o Museu do Ouro, o Museu Botero, o Museu Arte Miguel Urrutia e a Casa da Moeda.

  • Museu do Ouro

Com mais de 54 mil objetos, o Museu do Ouro reúne artigos em ouro e cerâmica encontrados em toda a América e que fazem partes de períodos que vão desde antes de Cristo, passando

pelo pré-colombiano até o colonial. O destaque é a “Balsa Muisca”, ou “Jangada El Dorado”,

peça pré-colombiana produzida em ouro.

  • Museu Botero

Apesar de ter nascido em Medelín, foi para a capital colombiana que Fernando Botero – artista conhecido por suas figuras arredondadas – doou a maior parte de suas obras, além de uma vasta coleção de outros artistas. E é no Museu Botero que tudo pode ser visto. Ao todo são 123 obras com a assinatura de Botero, além de 85 obras de outros artistas, como Picasso, Monet e Miró, de diversos períodos que vão desde o século 19 à Arte Contemporânea. Ali estão a Monalisa de Botero, o Autorretrato e também esculturas.

  • Museu de Arte Miguel Urrutia – MAMU

Espaço dedicado à exposição de obras importantes da arte colombiana, latino-americana e mundial.

  • Casa de La Moneda

Foi o local onde se cunharam as primeiras moedas de ouro da América, em 1622. Desde 1961 funciona como um museu que apresenta uma coleção de notas e moedas do Banco da República da Colômbia.

Para quem ama arte, viajar é uma maneira de estar perto das obras de grandes artistas e uma forma de fazer nossa viagem ainda mais fascinante!

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