Conheça destinos em que a música faz sua viagem ainda mais especial.

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“Sem a música, a vida seria um erro”, escreveu Nietzsche. E ele estava certo. A música ocupa o primeiro lugar na lista do “Manifesto das Sete Artes”, escrito pelo italiano Ricciotto Canudo – que deu ao cinema o nome de sétima arte.

Por isso, hoje, nossa sugestão é conciliar o prazer de viajar com destinos em que a música faz sua viagem ainda mais especial.

Estados Unidos e o “Triângulo da Música”

Nashville, Memphis e Nova Orleans estão ligadas a estrelas mundiais, como Elvis Presley, Chuck Berry, Little Richard e Jerry Lee Lewis. Chamada de “Cidade da Música” ou “Hollywood da Música”, Nashville é a capital do estado do Tennessee, considerada o berço da country music. No Country Music Hall of Fame and Museum estão expostas fotos, discos de ouro e itens pessoais de artistas como Johnny Cash.

Partindo dali em um pequeno ônibus, começa o que para muitos é a parte mais emocionante do passeio: a visita ao Estúdio B da RCA, local onde Elvis gravou boa parte de seus discos (e lá é possível ouvir as gravações originais!). Intocado, o estúdio ainda guarda todos os instrumentos e equipamentos usados nas gravações.

Já Memphis é uma verdadeira homenagem a Elvis Presley. A mansão do Rei do Rock, Graceland, onde estão o túmulo de Elvis e de sua mãe, fica localizada ali e mobiliza toda uma estrutura turística.

É possível visitar o Memphis Rock ‘n’ Soul Museum e a filial da Sun Records, o Memphis Recording Service. Os mais de 600 quilômetros que separam Memphis de Nova Orleans são o pretexto perfeito para quem quer fazer uma road trip inesquecível. Depois de conhecer a terra de Elvis, chegar à capital do jazz torna o roteiro ainda mais especial. Não deixe de conhecer o Museu Mardi Gras e o New Orleans Jazz National Historic Park.

Aqui no blog, na matéria Nashville, New Orleans e Memphis: O “Triângulo da Música” é também “berço do rock”, você pode se aprofundar nos detalhes dessa experiência.

Cuba e seus ritmos envolventes

A música cubana é fruto da miscigenação de ritmos trazidos pelos colonizadores espanhóis e pelos escravos africanos. Em menor expressão, entra aí a influência asiática, com destaque para a corneta chinesa. “Guantanamera” é, talvez, um dos maiores hits nascidos ali.

No fim dos anos 1990, com o lançamento do disco e do documentário “Buena Vista Social Club”, compilou-se importantes nomes da música que se apresentavam no clube homônimo, que existiu de fato em Cuba.

Aqui em nosso blog, falamos um pouco sobre o filme de mesmo nome, leia aqui.

E, ainda hoje, é possível visitar locais onde se pode ouvir uma excelente música cubana. No El Gato Tuerto, inaugurado nos anos 1950, o bolero é muito popular. Aproveite para experimentar o excelente mojito da casa.

O Hotel Nacional de Cuba abriga o Salón 1930, que já recebeu celebridades como Ernest Hemingway e Frank Sinatra. O lugar também recebeu músicos do Buena Vista Social Club e, até hoje, serve de palco para shows nos mesmos moldes.

Para aprender a dançar os ritmos cubanos, o Casona del Son é o lugar. São aulas de diversos ritmos nacionais, como Salsa, Son, Rumba, Folklore, Cha-cha-cha, Rueda de Casino e Mambo.

Brasil, suas músicas e danças tradicionais

Que o Brasil é um país cheio de ritmo, não há dúvida. Por isso, além da música, a dança é uma expressão cultural forte por aqui. Como o território é muito grande, não se espante se você não conhecer algumas músicas muito populares em outras regiões do país.

O Carimbó, típico do Pará, é considerado Patrimônio Cultural Imaterial. É uma dança de roda trazida pelos escravos africanos que, posteriormente, recebeu elementos das culturas espanhola, portuguesa e indígena. O tupi deu nome à música. Nesse idioma, korimbó, significa “pau furado” ou “pau que produz som” e se refere ao principal instrumento usado nesta dança/música: um tambor feito com tronco escavado até ficar oco.

Tocado por uma fanfarra, nome dado à orquestra composta por instrumentos de percussão e sopro, como o trombone, trompete, saxofone e tuba, o frevo – corruptela do verbo ferver – surgiu no século 19, em Recife (PE). Seu andamento, normalmente, acelerado incorpora elementos de danças, como o maxixe e a polca, além da capoeira.

Os passistas usam roupas coloridas e sombrinhas que ajudam a dar equilíbrio nos passos mais acrobáticos. Em 2012, entrou para a lista do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco. Quem quiser conhecer mais sobre a história e ainda ter aulas desta dança pode visitar o Paço do Frevo, em Recife.

O samba, música conhecida mundialmente e que é uma espécie de cartão postal do Brasil, é nascido da mistura entre os tambores escravos e a música de ritmos europeus (como polca, a valsa, mazurca e minueto). Já foi objeto de estudiosos e pesquisadores diversos. No Rio de Janeiro, tudo começou na Praça Onze, ainda no fim do século XIX.

E, em 1917, acontece a gravação daquele que é considerado o primeiro samba registrado: “Pelo telefone”, de Donga e Mauro de Almeida.

No Rio de Janeiro, amantes do estilo, encontram o Museu do Samba que nasceu da vontade da família do consagrado sambista Cartola em preservar sua memória. O espaço cresceu e virou museu, sendo usado como centro de pesquisa, preservação e manutenção dos acervos da história do ritmo. Ali, é possível visitar exposições e participar de workshops.

Já o bloco carnavalesco Cacique de Ramos tem mais de meio século de existência e, em 2010, foi considerado Patrimônio Imaterial do Rio de Janeiro. Em sua sede, no bairro de Olaria, acontecem rodas de samba, aos domingos, a partir das 17h e a feijoada, no terceiro domingo de cada mês. No carnaval, o bloco circula pelo centro da cidade, aos domingos, segundas e terças.

Conhecer a música de um destino visitado, é estar nele de forma mais autêntica, é uma das maneiras de conhecer melhor a cultura local e valorizá-la. É, também, uma maneira prazerosa de voltar um pouco naquele destino, mesmo depois que nossa viagem já acabou.

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