Qual sua viagem inesquecível pelo Brasil?

Tempo de leitura: 16 minutos

Mesmo os mais experientes viajantes sempre têm aqueles lugares de que nunca esquecem. O Brasil, com suas inúmeras belezas naturais, é um país perfeito para quem quer fazer viagens inesquecíveis.

Lembrar das nossas melhores viagens é sempre um prazer. É também um momento de nos sentirmos gratos pela vida que temos.

Por isso, algumas pessoas de nossa equipe resolveram fazer um relato das viagens inesquecíveis que tiveram pelo Brasil.

Conheça quais destinos mais encantaram alguns integrantes da equipe Ambiental e o porquê:

Fernando de Noronha: Um paraíso na Terra

Por Juliana Rodrigues

“Como se diz por aí: é de fato é uma experiência que marca!”

No ano de 2015 tomei coragem de fazer minha primeira viagem sozinha. Era a grande oportunidade de conhecer Fernando de Noronha.

Antes mesmo de embarcar sabia que tinha feito uma excelente escolha, afinal, a fama de paraíso na Terra dispensava mais detalhes. Definitivamente pude comprovar que Noronha era isso e muito mais! Tive experiências incríveis no Arquipélago!

Mergulhar com tubarões, tartarugas gigantes e diversos peixes, como também, avistar golfinhos bem de perto é surreal!! Como se diz por aí: é de fato é uma experiência que marca!

Vontade de voltar

Ah, claro que não posso deixar de comentar dos belíssimos pores do sol que encantam qualquer visitante. Eu sou suspeita para falar, é um dos momentos do dia que faço questão de parar e contemplar esse momento único e sim, cada dia era um momento mágico e diferente.

Além disso, foi muito interessante conhecer a história da ilha, ver o como as pessoas locais são receptivas e como são conectadas com a sua história e também com a preservação da Natureza de lá. 

Toda a beleza magnífica que o arquipélago de Fernando de Noronha me proporcionou, fez esse destino muito mais desejável e com vontade de voltar muitas vezes.

E foi exatamente assim que aconteceu! Tive a oportunidade de voltar nesse incrível destino no começo deste ano de 2020, mas dessa vez não sozinha. Tive a companhia de pessoas queridas e especiais ao meu lado e a oportunidade de rever novamente todas essas belezas e desvendar outros locais ainda não conhecidos, além de conhecer novas pessoas e ter a certeza que não precisamos de muito para sermos felizes!

Chapada das Mesas: O Maranhão é muito mais do que os Lençóis

Por Neuma Vaz

“Para uma amante da natureza como eu foi incrível descobrir esse canto pouco explorado e conhecido do nosso Brasil”.

Quem pensa que o Maranhão só tem os Lençóis Maranhenses para oferecer, surpreende-se  ao conhecer a Chapada das Mesas, que fica na região sul deste estado.

Estive lá em dezembro de 2018.

Chegando ao aeroporto de Imperatriz, segui até Carolina, uma simpática e charmosa cidade que ainda conserva muito do período colonial com suas casinhas e monumentos bem conservados. Esta é apenas uma das cidades que compõem o Parque Nacional da Chapada das Mesas. Um parque jovem com uma riqueza imensurável.

Uma região com cânions, formações geológicas grandiosas, platôs gigantes (são mais de 92 mesas) que proporcionam uma vista deslumbrante ao final das trilhas.

Ainda nos deliciamos com belíssimas cachoeiras (a cachoeira do Santuário, é uma das mais bonitas em que já tive o prazer de me banhar), piscinas naturais em um tom de azul único. Impossível resistir ao mergulho.

Além disso tudo, tem também a riqueza da fauna e flora típica do cerrado.

Para os amantes da Natureza

Para uma amante da natureza como eu foi incrível descobrir esse canto pouco explorado e conhecido do nosso Brasil, que oferece natureza exuberante, trilhas, esporte radicais e no final do dia um pôr do sol encantador, com vista pra  o estado vizinho Tocantins.

A hospedagem na região costuma ser simples mas muito confortável. O povo é muito receptivo e carinhoso… a gente se sente entre amigos que não víamos há muito tempo. A conversa é boa e regada a comidinha caseira bem gostosa.

Esse é um destino para os amantes das belezas que só a natureza exuberante do Brasil pode proporcionar, viajantes de todas as idades estão convidados para mergulhar nas águas cristalinas da Chapada das Mesas.

Os Lençóis Maranhenses: Beleza Top 5 do Planeta

Por Daniel Graser

“Voltei diversas  vezes e pretendo repetir quando tiver a oportunidade”.

Eu conheci os Lençóis Maranhenses com a minha família há vários anos e foi, literalmente, encanto à primeira vista para todos.

Desde a minha infância, tive o privilégio de poder viajar bastante e conhecer lugares e culturas muito diferentes. Alguns destinos me encantaram, outros nem tanto.

Classifico a beleza da paisagem de dunas e lagoas como TOP 5 do planeta, tranquilamente.

Voltei diversas  vezes e pretendo repetir quando tiver a oportunidade. No ano passado acompanhei um pequeno grupo e um dos viajantes me disse que conhecer os Lençóis Maranhenses foi uma experiência sensorial.

Experiência sensorial

O destino realmente oferece experiências e sensações esquecidas para quem leva uma vida muito urbana:                  

  • Andar descalço na areia finíssima
  • A brisa constante que não deixa a areia esquentar
  • O contraste de cores de lagoas verde esmeralda , areia branca e céu azul  
  • Descobrir uma pequena lagoa escondida do outro lado da enorme duna
  • Ter a sensação de estar desconectado de tudo

A aventura é muito mais rica na companhia de um anfitrião, de preferência um guia que tenha nascido dentro do parque e que possa revelar curiosidades e histórias.

Conhecer os Lençóis Maranhenses é o tipo de viagem que mais me encanta, pois continua na cabeça mesmo depois de voltar para a casa.

Serra da Capivara: Buscando a inspiração em Niède Guidon

Por Giovanna Cardinas

“A história da Niède foi o que mais me motivou a escolher esse destino para minhas férias”

O Parque Nacional da Serra da Capivara está localizado no Piauí. 

A criação do ParNa aconteceu há 41 anos atrás, impulsionada pela arqueóloga Niède Guidon. O objetivo dela era preservar a história e cultura dos povos que habitaram a região, as pinturas rupestres, arqueologia, a fauna, flora e a geologia do local. 

Em outubro de 2019, tive a oportunidade de vivenciar uma experiência belíssima na Serra da Capivara, as paisagens, os cenários e a seca do sertão eram muito distantes do que eu já havia visto em toda minha vida e, portanto, tornou-se o meu destino favorito.

Passei 8 dias visitando os sítios arqueológicos e a cada dia era surpreendida pelas pinturas e gravuras rupestres. Muitas delas ainda permanecem em ótimo estado de conservação pois houve muito esforço da equipe de pesquisa e arqueologia para garantir a preservação e manutenção dos murais. 

Niéde Guidon: Inspiração para novas gerações

Pessoalmente para mim que sou mulher e feminista, a história da Niède foi o que mais me motivou a escolher esse destino para minhas férias de 2019. Uma cientista que conseguiu direcionar os olhares do mundo para este parque que possui grande contribuição para a história da humanidade é de se admirar (e muito!). 

Um exemplo da importância disso é que o grupo que viajou comigo era composto por 14 pessoas nos quais 10 eram mulheres, incluindo a queridíssima guia Eliete que foi essencial para eu nossa viagem fosse perfeita e cheia de conhecimentos e aprendizagens.

O roteiro incluía uma visita ao povoado do Sítio do Mocó, no qual conhecemos o Seu Noca e a Dona Erotides, eles residiram em uma área que fazia parte do Parque e, portanto, durante o processo de criação do parque foram desapropriados de suas terras e não receberam a indenização que lhes foi prometida na época. Foi emocionante saber a visão dos moradores locais sobre a história de vida deles devido a este acontecimento.  

Ao final, eles concluem que o passado foi difícil, porém hoje eles ficam felizes e agradecidos em recepcionar os turistas e grupos de escolas que visitam o destino, além de terem orgulho de fazer parte da história do parque. 

A viagem foi inesquecível e até hoje eu resgato na memória algumas das emoções que vivi na Serra da Capivara.

Chapada Diamantina: a natureza que surpreende e uma viagem no tempo

Por Douglas Andrade

“Foram 8 dias de uma viagem memorável…”

Meu interesse em conhecer a Chapada Diamantina é bem antigo. Como a região e muito extensa e os atrativos distantes, resolvi planejar a viagem no meu período de férias de 2019.

Minhas expectativas se superaram em relação a tudo que eu havia lido durante minhas pesquisas. São cachoeiras de tirar o folego, trilhas agradáveis em meio a bela flora do Cerrado, mirantes com vistas inesquecíveis, cidades charmosíssimas e com ótimas opções gastronômicas.

A Chapada não para de surpreender

Na trilha da Cachoeira do Buracão, fui surpreendido com uma linda revoada de ararinhas da região. Em determinado trecho que é feito de carro, atravessamos um rio com agua pela metade do veículo. Aventura garantida!

Cenicamente, a cachoeira é linda e o barulho da queda de mais de 70 metros é inesquecível e impressionante. São aqueles passeios que valem pela viagem.

Quando estava no caminho para a Cachoeira da Fumaça, paramos para experimentar a coxinha de jaca. Muito saborosa. Valeu o pit stop para o lanche! 

No passeio ao Poço Azul, nos deparamos com um lagarto colorido típico da região. Na trilha do Ribeirão do Meio, o colorido das pedras do leito do rio nos remete aos tempos do garimpo e exploração dos diamantes. As explicações de nosso guia, Tião, um nativo muito conhecedor, tornaram o passeio uma verdadeira viagem no tempo.

O por do sol no Morro do Pai Inácio é de uma emoção indescritível. No final do passeio, tive a oportunidade de experimentar o maracujá selvagem da região.

Para encerrar o dia, no retorno dos passeios, nada melhor que saborear uma moqueca nos agradáveis restaurantes do Centro Histórico como o Restaurante Lampião, um clássico na região.

Foram 8 dias de uma viagem memorável que garantiu plena satisfação e um contato íntimo com a natureza e com o patrimônio histórico bem preservado!

Chapada dos Veadeiros: Tranquilidade e equilíbrio em meio a tanta beleza

Por Unna Galdino

“Foi onde encontrei a tranquilidade e o equilíbrio que eu estava procurando”

A Chapada dos Veadeiros é um dos destinos mais encantadores que tive a oportunidade de conhecer. A calmaria de Alto Paraíso, exibindo aquele céu estrelado, me fez sentir pequena diante de tanta beleza.

A conexão que tive com a natureza foi enorme ao caminhar por aquelas trilhas e mergulhar em cachoeiras com águas cristalinas. Foi onde encontrei a tranquilidade e o equilíbrio que eu estava procurando quando escolhi este destino para relaxar e renovar as energias. Por falar em energia, não posso deixar de mencionar o misticismo e o esoterismo que o lugar emana por todos os cantos. 

Achei muito interessante encontrar pela cidade muitas coisas relacionadas à ufologia. Há muitas pessoas que têm interesse nesse tema por lá. Eu só tenho curiosidade mesmo. Conversando com pessoas que moram na cidade é possível ouvir muitas histórias de observação de objetos voadores não identificados.

A diversidade vivendo em harmonia

Além das belíssimas paisagens e o contato intenso com a natureza, a Chapada dos Veadeiros concentra vários grupos de todos os tipos de religião e espiritualidadeque convivem em harmonia.

Não posso deixar de comentar sobre todas as pessoas que tive a oportunidade de conhecer por lá, gente receptiva e acolhedora, o que faz a vivência ser ainda mais inesquecível. 

A sensação que tive ao final da viagem é de que este é um destino para quem quer recarregar a bateria, dar-se um tempo, deixando de lado um pouco a loucura do dia a dia e as responsabilidades do cotidiano. 

Afinal de contas é para isso que escolhemos lugares que possuem o máximo de contato com a natureza, algo que não temos acesso com tanta facilidade, nem com tanta frequência, sempre em busca de algo para desconectar.

Cruzeiro Fluvial pela Amazônia: “Estou chorando de felicidade”

Por Mariana Esteves

“Chegamos lá e a felicidade dela desabrochava sem parar!”

Aos 6 anos, com os indígenas sendo projeto de estudo na escola, minha filha despertou um amor genuíno por eles. Ao começar a trabalhar na Ambiental, me fascinei com as possibilidades de turismo fluvial na Amazônia assim como hotéis no meio da floresta.

No aniversário de 7 anos de minha filha, Letícia, combinamos de não fazer festa e irmos nas férias para a Amazônia. Lá fomos nós em setembro de 2019, descobri-la.

Um presente de aniversário inesquecível

Dormimos nossa primeira noite em Manaus e no dia seguinte embarcamos no MV Desafio, um barco com 12 cabines que não deixa a desejar em nada a um navio luxuoso, com uma equipe altamente técnica e conhecedora da floresta. Assim que fizemos nossa primeira saída de barco menor para explorar a floresta, Leticia me disse que gostaria que ainda estivesse no avião, para que ela pudesse aproveitar por uma segunda vez consecutiva toda sua experiência. No terceiro, dia ela me disse que estava realizando seu grande sonho na vida!

Em nosso penúltimo dia de MV Desafio, visitamos uma aldeia indígena, o ápice de toda viagem para ela! Chegamos lá e a felicidade dela desabrochava sem parar! Nos sentamos em um grande salão que os índios construíram para recepcionar seus visitantes, realizar suas danças, vender seu artesanato e nos sentamos para ouvir o cacique.

Nesse momento, ela me cutuca, faz um gesto com seu dedo me mostrando os olhos marejados e diz: “Estou chorando de felicidade”. Acho que terei esse momento na memória até meu dia de morte, nunca senti tanta felicidade em partilhar um momento tão único com alguém absolutamente ímpar em minha vida.

Finalizamos nossa viagem em um lodge de selva, Anavilhanas, em que é possível nadar no rio Negro, ouvir o barulho da mata e desfrutamos de mais um momento único! Fizemos novas amizades, com uma mãe e filha que também estavam juntas nesta aventura, e finalizamos com a última noite no Teatro Amazonas com um show de Jazz.

PETAR: Imersão na biodiversidade, sem gourmetização

Por Vanessa Veiga

“Eu tenho um carinho especial pelo PETAR, tive a oportunidade de explorar em diferentes situações”

O PETAR – Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira está localizado no Vale do Ribeira ao extremo sul do Estado de SP. Entre as cidades de Iporanga e Apiaí, cerca de 320 km de SP. É considerado uma das Unidades de Conservação mais importantes do mundo. Abriga a maior porção de Mata Atlântica preservada do Brasil e tem mais de 400 cavernas catalogadas, sendo que somente 12 estão abertas para visitação. Elas se encontram no Núcleo Santana, Ouro Grosso, Caboclos e Casa de Pedra. Cada caverna certamente traz a sua particularidade de belezas ornamentais.

O PETAR não é composto apenas de cavernas, mas também de inúmeras cachoeiras, trilhas, comunidades tradicionais e quilombolas, sítios arqueológicos, paleontológicos e culturais. É realmente um verdadeiro paraíso escondido entre vales e montanhas.

Eu tenho um carinho especial pelo PETAR, tive a oportunidade de explorar em diferentes situações: acompanhando grupos de escolas de São Paulo em Estudo do Meio, somente eu e o meu marido; depois levamos minha família: irmãs, cunhados e sobrinho. A última vez foi com todos os colaboradores da Ambiental na nossa confraternização de final de ano – 2019. Foi muito gostoso passar todos juntos um final de semana em um dos primeiros destinos que a Ambiental iniciou as suas viagens, há mais de 30 anos.

A natureza preservada e exuberante

No PETAR não existe luxo em hospedagem, sofisticação, nem pratos gourmetizados. Porem você vai ter uma imersão com a biodiversidade natural do local extremamente preservada e exuberante.

As cavernas oferecem vários níveis de desafios. Há opções para todos os gostos: cavernas com água e sem água, com escaladas, cavernas com escadas e passarelas, para facilitar os acessos dos visitantes de primeira viagem.

Em todas as atividades é necessário utilizar equipamentos de segurança, desde ecoturismo, esportes de aventura como rapel, escalada, ciclismo, boia cross, observação de fauna e flora, pesquisas, exploração de cavernas, cascading (rapel em cachoeiras), rapel em abismos, bóia cross nas águas cristalinas do Rio Betari.  Você conta com guias locais extremamente capacitados – é obrigatório, essa é uma medida de segurança para os visitantes e também para a preservação do Parque. Os guias têm treinamento em segurança, primeiros socorros e resgate, além de profundo conhecimento do local no qual nasceram e vivem, ganhando o sustento de suas famílias através do turismo.