Conheça diferentes tipos de museus que vão tornar sua viagem ainda mais interessante

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A palavra “museu” é originária do grego “mouseion” e significa “templo das musas”. Sendo um espaço para abrigar e concentrar conhecimento, era fonte de pesquisa e inspiração para artistas e estudiosos, por isso a referência às musas inspiradoras.

Com o tempo, a palavra foi se transformando no entendimento que temos hoje. Os museus abrigam raridades, reúnem amostras do conhecimento de períodos passados com o objetivo de que não se percam.

Nos últimos anos, essas instituições têm se modernizado. Em sua canção “O tempo não pára”, Cazuza diz: “Eu vejo museus de grandes novidades”.

Pois é… Atualmente, há museus de todos os tipos: a céu aberto, interativos, com alta tecnologia nas mostras, outros dedicados à documentos, ao vestuário, às ciências, idiomas… e claro, os mais “tradicionais”, com quadros e esculturas.

O que não muda é o fato de que, visitar museus, é uma grande pedida para quem está viajando ou até mesmo para quem quer conhecer um pouco melhor a própria cidade.

Para você se inspirar, listamos museus de diversos tipos para sua próxima viagem ou aquele tempo livre na sua cidade.

Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas – Ouro Preto (MG)

Já na entrada desta construção datada do século XIX, é possível se deparar com uma peça curiosa e muito enigmática: as raízes de uma árvore incrustadas em uma grande pedra de quartzo, ou seria o contrário?

Além desta peça, o local guarda mais de 2 mil amostras de minerais de todos os continentes. Uma das curiosidades é o ouro preto, que empresta o nome à cidade, e que nada mais é que o mineral recoberto por uma película de óxido ou hidróxido de ferro.

Também estão expostos exemplares de topázio imperial, pedra preciosa famosa em todo o mundo e encontrada unicamente naquela região; uma coleção de meteoritos e outros minerais raros.

Neste museu ainda é possível conhecer os diferentes processos de exploração de minérios, em uma espécie de linha do tempo que abrange desde técnicas mais rudimentares, chegando às mais modernas. Aliás, a cidade de Ouro Preto, com seus casarios do período colonial, mais especificamente do Ciclo do Ouro, já é uma espécie de museu a céu aberto que merece ser visto.

Instituto Inhotim – Brumadinho (MG)

Ainda em Minas Gerais, em uma cidadezinha distante apenas 60 quilômetros da capital, está localizado o que é considerado o maior museu a céu aberto do mundo: o Instituto Inhotim. Misto de museu de arte contemporânea com jardim botânico, fica em uma área de 786 mil hectares, sendo 145 mil destes dedicados à preservação de fragmentos de Mata Atlântica e Cerrado.

É um passeio muito divertido, excelente para ser feito com crianças. Atualmente, o acervo do Instituto conta com cerca de 450 obras de artistas brasileiros e estrangeiros que inclui trabalhos de Portinari, Guignard, Di Cavalcanti, Cildo Meireles, Tunga, Vik Muniz, Hélio Oiticica, Ernesto Neto, Matthew Barney, Doug Aitken, Chris Burden, Yayoi Kusama, Paul McCarthy, Zhang Huan, Valeska Soares, Marcellvs e Rivane Neuenschwander.

Ao todo, são mais de vinte galerias dispostas em meio a jardins com obras de arte a céu aberto e cinco lagos que encantam os visitantes. É possível visitar o local seguindo três rotas diferentes e o trajeto pode ser feito a pé ou em carrinhos elétricos.

Mas, não é só isso. Depois de um tempo contemplando lugares de beleza incrível como o Largo das Orquídeas, os Jardins Desértico e Veredas, certamente a fome vai bater e quando isso acontecer, os visitantes tanto podem ir a uma das lanchonetes ou escolher apreciar as delícias oferecidas ali dentro mesmo pelo Café do Teatro, o Restaurante Oiticica ou o Tamboril, que possuem uma boa variedade de pratos, com um tempero muito especial.

Em 2019, Brumadinho também ficou muito conhecida pela tragédia ambiental causada pelo rompimento da barragem de uma mineradora. No entanto, os dejetos não atingiram o parque: ele continua aberto à visitação.

Museu do Amanhã – Rio de Janeiro (RJ)

Museus são, em geral, locais de visitação onde se pode aprender sobre o passado. No entanto, o Rio de Janeiro abriga um museu que trata do que ainda está por vir, em uma provocação sobre o amanhã que desejamos construir.

É isso que pode ser visto, sentido e tocado no Museu do Amanhã. Inaugurado em 2015, o museu possui uma exposição principal que, por intermédio de uma estrutura multimídia, está organizada em cinco grandes momentos: Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós.

Além desta, há exposições temporárias que contemplam assuntos ligados a fatos históricos e à contemporaneidade. A marca principal é a interação e é um ótimo lugar para ser visitado com crianças.

MASP – São Paulo (SP)

No coração da capital paulista, fica uma das mais importantes instituições culturais do país: o primeiro museu moderno do Brasil. Sua arquitetura icônica – o projeto de Lina Bo Bardi criou o maior vão livre do mundo da época de sua construção – é “só” um cartão de visita que chama a atenção dos passantes.

São mais de 10 mil obras de arte reunidas no espaço, que tornou-se o mais importante acervo de arte europeia do Hemisfério Sul. Pinturas, esculturas, objetos, fotografias, vídeos e vestuário de diversos períodos e de diversos continentes (Europa, Ásia, África e Américas) fascinam o visitante.

Os emblemáticos cavaletes de vidro e concreto chamam a atenção principalmente das crianças e colocam a arte mais próxima de quem aprecia uma das exposições do local.

Casa Museu Maria Reiche – Nazca, Peru

Trabalhando como tradutora e restauradora no Museu Nacional do Peru, em Lima, a alemã Maria Reiche Newman tomou contato com um artigo que tratava das Linhas de Nazca. Conhecida como “a mulher que varria o deserto” pelos habitantes da região, seu trabalho foi fundamental para medir e catalogar os desenhos. Foi graças a seus esforços que a Unesco, em 1994, concedeu às Linhas de Nazca o status de Patrimônio Cultural da Humanidade.

Para ficar mais perto de seu local de trabalho e a fim de ajudar na preservação das Linhas, Maria Reiche se mudou para uma pequena casa, sem água e sem energia elétrica, onde viveu por 25 anos.

Desde 1994, o local abriga a Casa Museu Maria Reiche. Ali, é possível conhecer o estilo de vida modesto da pesquisadora e ainda saber mais informações sobre seus estudos, como mapas, planos, fotos, material arqueológico e uma maquete didática de seus desenhos.

Falecida na capital peruana, em 1998, aos 95 anos, sua tumba se encontra ao lado do museu. Em homenagem aos seus esforços, em Lima há o Parque Maria Reiche, localizado na avenida costeira da cidade, com uma extensão de 28 mil metros quadrados. Ali podem ser vistas as figuras de Nazca recriadas em escala reduzida, retratadas na forma de canteiros de flores.

Aqui em nosso Blog, já foi publicado um interessante artigo com mais detalhes sobre a vida dessa importante pesquisadora alemã. Leia aqui.

Maprae – Galápagos, Equador

Já falamos no blog sobre as ilhas Galápagos e sua natureza exuberante e única, fatores que fizeram dali o ponto de partida para que o naturalista britânico Charles Darwin desenvolvesse sua Teoria da Evolução, trabalho publicado no livro A origem das espécies.

Mas, o que poucos sabem é que ali está o primeiro museu de arte colombiana, que usa a incrível tecnologia de realidade aumentada, o Maprae. O local foi escolhido por ser considerado uma das janelas do turismo do Equador.

Ali, por meio de tablets, além das riquezas da história pré-colombiana do país, também é possível conhecer um pouco mais sobre a natureza do arquipélago. E a boa notícia é que este não é o único museu dali.

Quem deseja conhecer mais sobre a história local pode visitar o San Cristóbal Interpretacion Center. Para os apaixonados por pesquisas e história natural – incluindo as crianças – o destino certo é o Museu da Fundação Charles Darwin.

Ali está exposto um esqueleto de uma baleia de Bryde, além de fotografias locais, informações sobre quase 60 anos de pesquisa na área. Também não perca a oportunidade de conhecer o mirante, que oferece uma vista incrível de parte do arquipélago.

Museu da Natureza – Serra da Capivara (PI)

Esse é um museu que usa a alta tecnologia interativa para contar a história da formação do planeta, bem como o surgimento e desenvolvimento da espécie humana, até culminar na importância do ser humano para o próximo ciclo de mudanças climáticas.

O museu tem 12 salas nas quais são abordados um período diferente da formação do planeta Terra em cada uma. São representações das formações geológicas, dos oceanos, dos continentes, variados tipos de vegetação, passando pela era dos dinossauros e outros animais que hoje não existem mais, até o surgimento da espécie humana.

Figuras de animais já extintos como lhamas, preguiças gigantes, mastodontes e ursos, são modeladas nessas mostras. Imagens de dinossauros são recriadas em computação gráfica tridimensional e projetadas ao público.

Fósseis de animais que foram encontrados na região da Serra da Capivara ficam expostos; e ainda há a possibilidade de ter a experiência, ao usar óculos de realidade virtual, avistar os cânions, cavernas e floras de todo o Parque Nacional da Serra da Capivara.

Veja mais detalhes sobre a Serra da Capivara neste nosso artigo já publicado em nosso Blog.

Visitar museus é uma forma de enriquecer ainda mais a sua viagem. Pratique essa experiência!

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