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Paisagens que são um verdadeiro convite à vida ao ar livre. Belas montanhas, uma cidade com muita natureza nas ruas e a seu redor, vida cultural intensa, com muita opção para a prática esportiva e um teleférico que leva a uma das mais incríveis atrações turísticas do país… Se você se distraiu, facilmente pensaria que estamos falando da capital carioca. Mas, trata-se de Cape Town, a capital legislativa da África do Sul e uma das cidades de maior destaque do país.
Ao longo de nossa série especial sobre o Sul da África, já falamos sobre as belezas naturais de Botswana, das arrebatadoras paisagens da Namíbia e sobre o incrível Kruger Park, um dos parques naturais mais impressionantes e visitados do mundo, na África do Sul. Agora, fechamos nossa série com Cape Town.
Moderna, cosmopolita, cheia de atrações e perfeita ao ecoturismo, Cape Town é considerada uma cidade das mais bonitas do mundo por diversos portais e revistas renomadas sobre turismo. Sua geografia privilegiada, localizada aos pés da Table Mountain, esparramando-se preguiçosamente sobre o mar, apresenta vistas fenomenais.
Por isso, neste post faremos uma lista com os TOP 7 atrativos de Cape Town. Vamos a eles!
#1 Table Mountain
Considerada uma das montanhas mais antigas do planeta – mais até que as cordilheiras dos Andes, Alpes e Montanhas Rochosas – e uma das sete maravilhas da natureza, este é o cartão postal de Cape Town e a “menina dos olhos de qualquer turista”.
Sabe o ditado “ir a Roma e não ver o papa”? É mais ou menos assim, ali. A “Table Mountain” (montanha da mesa em português) é um lindo monte com cerca de 1.046 metros de altura, de topo plano que se estende imponente por cerca de três quilômetros. Pode ser vista de diversas partes da cidade. É possível chegar lá em cima de duas formas: por meio de um teleférico ou por uma trilha.
O teleférico passou a operar na Table Mountain a partir de 1929 e oferece um passeio mais tranquilo e rápido, com uma subida de no máximo cinco minutos. E aqui vai um spoiler do passeio: durante a subida, o veículo para e faz um giro de 360 graus em seu eixo, oferecendo uma vista magnífica, de onde se pode ver toda a cidade e regiões naturais ao seu redor. Uma experiência singular!
Já a subida por trilha é mais desafiadora, porém quem não abre mão de viver uma boa aventura vai desfrutar muito. Há cinco trilhas com graus de dificuldades diferentes para chegar ao topo. Por ser mais fácil, a mais utilizada é a Platteklip Gorge. A subida segue paralelamente ao teleférico, oferecendo um ponto de vista diferenciado, além de uma experiência única. É possível contratar um guia e não se esqueça de preparar o fôlego!
Mas, atenção: há dias em que a Table Mountain faz tal e qual a Golden Gate, em San Francisco e pode ficar envolta em um nevoeiro e, aparecer somente vez ou outra, muito rapidamente. É fundamental certificar-se das condições climáticas e checar como está a visibilidade por meio de câmeras que podem ser acessadas neste site (linkar: www.tablemountain.net).
Outra dica é checar as condições do vento, porque em caso de ventanias muito fortes, o transporte para por questões de segurança. Além disso, não se esqueça de levar um casaco porque o clima lá em cima é bem mais ameno que embaixo e, no inverno, as temperaturas são realmente baixas.
#2 Jardim Botânico Nacional de Kirstenbosch
Fundado em 1913, o Jardim Botânico Nacional de Kirstenbosch fica aos pés da Table Mountain, um lugar espetacular, cheio de pequenos caminhos que passam por seus diversos jardins, feitos para passear sem pressa, curtindo a beleza do meio ambiente.
Distante 13 quilômetros do centro da cidade, o Jardim Botânico compreende uma área de 36 hectares e apresenta uma variedade de plantas nativas da África do Sul, com impressionante encanto em mais de 7 mil espécies de plantas e flores raras.
Ao lado da Table Mountain, é uma das atrações mais concorridas da cidade e também um espaço para apreciar a natureza, ouvindo o canto das aves que lá vivem. Além disso, com um pouquinho de sorte, é possível assistir a espetáculos musicais que, de tempos em tempos, acontecem em seus vastos gramados. Outro ponto que o torna uma atração à parte é sua luz especial, o que faz do lugar excelente para os que curtem se aventurar na fotografia.
#3 Ilha Robben
Distante 11 quilômetros da costa da Cidade do Cabo, possui o título de Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e abrigou, durante muitos anos, uma prisão de segurança máxima, lugar onde ficou preso Nelson Mandela antes de se tornar o primeiro presidente negro da África do Sul.
É um dos passeios mais emblemáticos de Cape Town, representa uma viagem na história recente deste país, período em que o regime de segregação racial, o apartheid, foi exercido por 46 anos. Este regime foi vivenciado com muito sofrimento, porém com grande força por muitos presos políticos que lá ficaram por anos.
Hoje, no lugar do presídio, fundou-se o Robben Island Museum que é aberto para visitação e onde se pode observar todos os ambientes em que os presos conviviam, desde as celas, os pátios e refeitórios. As visitas guiadas são conduzidas por ex-detentos – muitos deles foram parceiros de Mandela – que explicam e revivem o dia a dia na prisão, além de relatarem um panorama de todo o cenário político daqueles tempos. Uma das partes mais aguardadas do passeio é a visita à cela original de Mandela.
Uma recomendação importante é que esse passeio seja reservado com antecedência devido à grande procura.
#4 Cabo da Boa Esperança
Ao contrário do que muitos pensam, o Cabo da Boa Esperança ou Cape Point não é a extremidade sul do continente africano. Na verdade, a extremidade é o Cabo das Agulhas, distante 170 quilômetros de Cape Town, onde fica a divisão entre os oceanos Atlântico e Índico. Ambos foram descobertos em 1488 pelo navegador Bartolomeu Dias. Mas, o primeiro é muito mais famoso que seu “primo”, apesar de terem sido descobertos no mesmo ano.
Antes, o local era conhecido como Cabo das Tormentas devido ao grande número de naufrágios que aconteciam ali, por causa dos ventos fortes e as águas agitadas.
O Cabo fica localizado em uma reserva natural, dentro do Table Mountain National Park. Além do motivo histórico, chama a atenção a beleza de sua natureza em seu estado mais selvagem, onde é possível ver babuínos, zebras, elandes e outros animais. Os dois principais pontos de interesse são o “marco” do Cabo da Boa Esperança e o farol. O primeiro está ao nível do mar, com acesso bastante fácil.
Mas, o farol pode ser acessado por uma trilha ou por uma rápida viagem de funicular e a subida de uma escadaria esculpida nas pedras. A vista de 360 graus lá de cima é deslumbrante e, entre os meses de junho e novembro, os visitantes são presenteados com o avistamento de baleias.
Cape Point conta com uma boa estrutura para atender seus visitantes, com lojinhas, lanchonete e restaurante. Para os mais aventureiros, além das caminhadas por diversas trilhas e realização de mergulhos.
Chegar a Cape Point é fácil, já que é possível alugar um carro na Cidade do Cabo ou embarcar em alguns dos muitos tours que partem da cidade e que combinam com outros atrativos, como a Boulders Beach.
#5 Boulders Beach
Ir a esta praia é um passeio obrigatório se você vai ao Cabo da Boa Esperança. Para chegar ao Cabo, antes passa-se pela Boulders Beach. A dica é fazer uma parada para observar o pinguim africano, que vive em restritas e poucas regiões do sul da África.
Esta praia pertence à área Marinha do Table Mountain National Park, e por isso é bastante preservada, com decks de observação para os turistas manterem apenas contato visual com os pinguins.
Ainda que do alto, será uma encantadora experiência. Toda esta proteção tem um motivo: os pinguins africanos são uma espécie em extinção. A colônia que vive nas areias tem mais de 2 mil indivíduos, mas para quem não dispensa um contato mais próximo com a natureza, há praias desta mesma região onde os turistas podem caminhar pelas areias e estar bem perto desses animais marinhos, como na Boulders Beach.
#6 Winelands – Franschhoek e Stellenbosch
A região de Winelands é um excelente passeio para os enófilos de plantão, os vinhos sul-africanos vêm ganhando cada vez mais destaque no cenário mundial. Ali, há inúmeras vinícolas, sendo que a maioria delas é aberta à visitação e oferece diferentes opções de degustações. As mais famosas estão localizadas nas cidades de Franschhoek e Stellenbosch.
Apesar de distante poucos quilômetros de Cape Town, o visual e a temperatura são bastante diferentes, com muitas montanhas e uma temperatura bem mais baixa, o que torna o clima ideal para a degustação dos excelentes vinhos produzidos no país. E o enoturismo ali se justifica porque a África do Sul ocupa o nono lugar na lista de produtos da bebida no mundo e possui na diversidade de estilos de vinhos entregues ao mercado.
As castas tintas mais comuns são: Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinot Noir, Shiraz. As principais brancas são: Chardonnay, Chenin Blanc (Steen), Sauvignon Blanc, Sémillon. Outras, como a Riesling, Colombrad, Gewürztraminer, Pinot Gris, e Viognier, também são cultivadas em terras sul-africanas; mas a uva característica do país é Pinotage, um cruzamento raro e bem sucedido de duas variedades diferentes: a Pinot Noir e a Hermitage. Sua importância é tal que, cerca de 20% dos vinhos tintos do país são produzidos com esta variedade e resulta em um vinho rico, complexo e de aromas ricos em especiarias.
É possível conhecer Winelands por conta própria, alugando um carro. No entanto, não é uma boa, depois de várias taças de vinho, pegar o volante por estradas desconhecidas. O ideal é optar pelos passeios fechados que partem de Cape Town pela manhã e retornam no final da tarde. Além de tranquilidade para desfrutar os vinhos, eles oferecem boas curadorias.
Conte com a Ambiental Turismo que é especialista em África do Sul para conhecer esse destino que está entre os mais fascinantes do mundo.
