Dicas e cuidados para uma viagem internacional com o companheiro de quatro patas

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Programar uma viagem para outro país com o animal de estimação não é tão simples quanto parece. Há restrições e exigências a serem seguidas, incluindo a emissão de documentos específicos. O assunto é sério, já que envolve questões de saúde pública, mas nada que impeça você de levar seu melhor amigo na viagem.

Uma dica, é procurar por uma agente de viagens que esteja apta a ajudar você com essa jornada. Primeiramente, para saber se o local escolhido para as férias não tem nenhuma restrição em relação a pets, como no caso das regiões localizadas em reservas naturais e unidades de conservação, por exemplo. Essa restrição pode se estender a Hotéis, etc…

Todo o processo burocrático envolvendo a viagem se pauta pela questão da saúde pública – é necessário, inclusive, consultar um veterinário antes de embarcar com o animal para qualquer tipo de viagem. A exigência comum a todos os países é que o animal de estimação tenha a vacina anti-rábica e o CVI (Certificado Veterinário Internacional, também chamado de CZI) – documento final de viagem com a autorização do Ministério da Agricultura. Mas há legislações específicas para cada país que recebe o animal, sendo que algumas são bem rigorosas.

Para se ter uma ideia, se o destino escolhido for livre da raiva, como é o caso da Europa, o tempo necessário para realizar todo o processo é de no mínimo 120 dias, já que o continente exige a sorologia (exame que comprova se o animal produziu os anticorpos necessários depois da vacinação). Já para os países insulares, como Austrália, Reino Unido e Japão, as exigências são ainda mais rígidas e esse prazo sobe para 180 dias, pois inclui até um processo de quarentena do animal.

Para países que não exigem sorologia, como os Estados Unidos, por exemplo, todo esse preparo deve começar no mínimo entre 30 e 40 dias antes da viagem. Todo animal que vai viajar, além de receber a vacina contra a raiva, tem que ser vermifugado e usar preventivos para parasitas.

Outra coisa importante que vale lembrar: antes da viagem, é importante fazer seu animal de estimação se acostumar aos poucos com a caixa de transporte que será usada no avião e nos aeroportos. Esse treinamento ajuda a diminuir o estresse do cachorro ou do gato.

É necessário ainda estar atento a algumas restrições de idade, raça e tamanho, que devem ser informadas ao seu agente de viagem. Por exemplo, animais de até quatro meses de vida não podem viajar, pois são muito novos para serem vacinados. Fora isso, alguns países não permitem a entrada de raças consideradas agressivas, como Pit Bull e Fila Brasileiro.

Já os animais de nariz chato (braquicéfalos), como os cães Bulldog, Pug, Boston Terrier, Lhasa Apso, e os gatos Persa, entre muitas outras raças, geralmente não podem viajar no compartimento de cargas do avião. Porém, as companhias aéreas estabelecem limites de tamanho e peso para o animal ficar na cabine junto com o dono. Mais uma vez, a dica é contar com o apoio da agente para buscar todas as informações.

Vale ressaltar que cães de trabalho, como os cães-guia, não são submetidos a essas restrições, e podem viajar dentro da cabine do avião independentemente de seu peso ou tamanho. Mas precisam passar pelo mesmo processo de controle sanitário, com vacinas e exames.

Confira mais dicas que destacamos para você no texto a seguir.

1. Carteira de vacinação

As vacinas devem estar em dia! Não apenas pela obrigatoriedade da vacinação contra raiva para viagens interestaduais ou internacionais, mas, sobretudo, pelo destino escolhido. O lugar pode, eventualmente, ser uma área de alta incidência de algumas doenças virais de fácil contágio como a parvovirose e a cinomose em cães; ou a rinotraqueíte em gatos. A vacinação contra estas e outras doenças devem estar sempre atualizadas.

2. Praia ou campo

A dirofilariose, ou verme do coração, requer atenção especial, principalmente, se a viagem for para a praia ou o campo – onde o contágio é mais frequente. A doença é transmitida por um mosquito e pode levar a óbito, caso não seja tratada. Para evitar este mal, existem remédios de uso mensal, que podem ser aplicados pelo próprio dono (consulte um veterinário).

3. Evite vômitos e enjoos

Nem todos os animais vomitam na viagem. Porém, a maioria, mesmo sem expelir nada, sente o chamado enjoo do movimento. Há medicamentos indicados para amenizar os desconfortos com o enjoo e que previnem o vômito (Consulte um veterinário).

4. Nos passeios, dê bastante água

A água é indispensável, principalmente, em dias quentes de verão. É importante fazer paradas regulares para que o animal beba água e faça suas necessidades. Assim, a viagem se torna tranquila para o pet e ele poderá aproveitar melhor.

5. Leve objetos familiares

A mother and daughter are unpacking their car trunk whilst their dog watches.

Brinquedos, cobertores, paninhos! Um objeto que seja familiar é sempre válido, pois reduzirá o estresse de mudança de ambiente.

6. Atestado de saúde

Para qualquer viagem é necessário, além da carteira de vacinação, um atestado de saúde que deve ser solicitado com o veterinário no máximo três dias antes da viagem.

Fora as questões burocráticas e de saúde, certifique-se com seu agente de viagens quais são os melhores destinos para os animais. Vale ressaltar mais uma vez que a comunicação entre você e o agente é essencial para evitar novidades desagradáveis na hora da viagem, o que pode prejudicar as suas férias.

Nunca é demais repetir: consulte um veterinário.

Informe tudo o que puder sobre o seu bichinho de estimação, colete o máximo de informações necessárias e boas férias!