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Localizado bem em frente a uma grande montanha, em um altiplano, está um sítio arqueológico extremamente bem preservado. Além dos inúmeros terraços agrícolas que contornam a montanha, chamam a atenção as edificações em pedra que dispensavam qualquer tipo de argamassa.
A precisão dos cortes é tamanha que, nas junções, não há espaço nem para uma folha de papel das mais finas, o que prova a capacidade técnica de um povo muito avançado para sua época.
Engana-se quem pensa que a descrição é sobre Machu Picchu, um dos locais mais visitados do Peru. Trata-se de Pisac, destino que já citamos aqui no blog, nas matérias 4 sítios arqueológicos especiais para você conhecer no Peru e O Peru Além de Machu Picchu (parte III).
Porém, esse destino é tão sagrado e importante, fazendo parte juntamente com Machu Picchu, Ollantaytambo e Cusco –, do Vale Sagrado do Peru, que merece uma abordagem mais aprofundada.
Distante 33 quilômetros de Cusco, a 3,3 mil metros acima do nível do mar, Pisac está localizada no extremo leste do Vale Sagrado dos Incas. Construída por volta do ano de 1440, tem este nome porque foi construída na forma de uma pisac ou pisaq (que significa perdiz, em português).
O lugar possuía inúmeras funções. Era o local responsável pela produção de alimentos, mas também um centro administrativo e foi construído com arquitetura especial, própria para evitar possíveis danos provocados por abalos sísmicos.
Acredita-se que tenha sido algo semelhante a uma fortaleza, pois há torres de vigia que guardavam o Rio Urubamba; além de um observatório astronômico e centro cerimonial. Ali está o maior cemitério do império inca.
Assim como Cusco, mantém sua vida pungente até os dias atuais. Uma visita imperdível é o seu mercado local, cheio de barraquinhas que vendem o tradicional e colorido artesanato peruano, com muitas opções de tecidos feitos à mão, bolsas, camisas, objetos de prata, bonecas, além de produtos agrícolas. Seu funcionamento é aos domingos, terças e quintas e os preços costumam ser melhores que outros centros turísticos no país.
Mas a grande atração está localizada na colina mais alta da cidade. Uma boa dica é subir de táxi até a entrada do Parque Arqueológico de Pisac e, ali, contratar guias locais que podem contar detalhes e curiosidades sobre o local.
Com 4 quilômetros quadrados de área, o parque é formado por inúmeras construções, sendo as principais:
Grupo da Plataforma Acchapata: localizado apenas 200 metros acima da praça da cidade de Pisac fica um belo conjunto de 40 plataformas que forma uma espécie de triângulo invertido.
Torreões ou Pucaras: há mais de 20 torres de dois tipos: as interiores e as de vigia. As primeiras são compartimentos cônicos associados a canais de água. Já as de vigia são elevações, com uma tendência cônica. A mais importante é a Qoriwayrachina.
Bairro Intiwatana: é o bairro central, sede dos templos e palácios. Possui uma maior qualidade arquitetônica, mais beleza em suas paredes do que os demais. Ali, podemos encontrar o recinto central; o Intiwatana ou Intihuatana, construção usada como observatório astronômico para medir o tempo, estabelecer as estações, determinar os solstícios e equinócios e, portanto, os momentos de semeadura e colheita. Também era um altar onde o Sol, a Lua, Vênus e as estrelas eram adorados.
Bairro Tianayuc: seu nome se traduz como “que tem assento”, já que no pátio interno há um tipo de sofá para duas pessoas, com encosto e braços de pedra. Este bairro é pequeno, com quartos cujas portas têm vista para um pátio central, além de uma torre quase destruída que domina grande parte do desfiladeiro K’itamayu.
Bairro K’allaQ’asa: é o maior dos bairros. Possui muitas construções, encostas íngremes, torres e um túnel curto de 3 metros de comprimento.
Bairro de Pisaq: localizado a 200 metros do bairro de Intiwatana e a uma altura menor. Seu formato é semicircular obedecendo a forma da montanha e é composto por 23 recintos.
Bairro QanchisRaqay: tem muitas construções e as casas são feitas de pedras médias e pequenas. É uma espécie de posto de controle, que guardava todo o lado nordeste da cidade.
Dicas importantes:
1. Leve água, balas e comida na mochila pois, assim como em Machu Picchu, não há barracas ou ambulantes ali e será muito fácil ficar com fome e sede. Mas, atenção: colabore com a preservação do ambiente e traga o lixo de volta.
2. Leve papel higiênico: fora do sítio, há banheiros gratuitos, mas que não oferecem papel higiênico.
3. Abuse do protetor solar: independente da estação, ali o sol é muito forte. Vista roupas claras, bonés, chapéus e óculos de sol.
4. A melhor época para visitar o Vale Sagrado é a estação seca, que vai de maio até agosto. O frio não é tão forte, os dias são ensolarados e a chance de chover é mínima. Outras épocas boas são de abril até o começo de junho, durante o outono, pois o nível de umidade continua baixo. Evite o verão, de dezembro a março, quando a cidade fica mais cheia e as chuvas são constantes.
Aproveite a viagem, sinta a energia que só pode ser percebida no Peru e descubra tudo o que este país e povo tão especiais têm a oferecer e a ensinar.
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